A Chiesa di San Lorenzo foi construída em 809 e tornou-se um importante monastério beneditino. Foi destruída por um incêndio em 1116 e reconstruída diversas vezes ao longo dos anos, sendo a última reconstrução datada do século XVI. Por ocasião de sua morte, Marco Polo determinou em testamento que queria ser sepultado nesta igreja e assim foi feito. O que o grande aventureiro não imaginou é que sua amada igreja viria a passar por tantos percalços. A decadência da Chiesa di San Lorenzo teve início nos anos de 1700 e se confirmou com o decreto de Napoleão Bonaparte, que desativou o monastério e sediou ali a Casa dell´Industria. A igreja foi desconsagrada em 1920, abandonada à própria sorte e sob constante ameaça de demolição. Permaneceu fechada ao público por décadas e seus “moradores” mais recentes foram colônias de gatos errantes.

Como um renascimento das cinzas, entre 2012 e 2013, por ocasião da Biennale di Venezia, diversos imóveis, como palácios, igrejas e jardins, geralmente não acessíveis ao público, se tornaram sede para os “eventi collateralli” e no caso da Chiesa di San Lorenzo, foi destinada ao Pavilhão do México.

Mas e a sepultura de Marco Polo? Infelizmente, com tantos infortúnios, o local de descanso eterno do famoso aventureiro, assim como seus despojos, foram perdidos. Porém há uma lenda que diz que a igreja conta com três claustros e destes, apenas um tem uma coluna de cor vermelha (as demais são amarelas). Alguns dizem que esta misteriosa coluna pode ser a indicação do local onde um dia foi a sepultura de Marco Polo.  Assim é Venezia, mistérios e surpresas que nos fazem viajar no tempo e na história.

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