As gôndolas existem em Veneza desde tempos remotos, sendo desconhecida a sua origem exata. Entretanto, já é citada em um decreto do doge Vitale Falier em 1094 e retratada em obras de grandes mestres, como Bellini e Carpaccio por volta dos séculos XV e XVI. Foi a partir do século XVI que as gôndolas adquiriram o status de meio de transporte privado e geralmente destinado à pessoas de um certo nível social. Houve todo um processo evolutivo ao longo do tempo para que as gôndolas se tornassem perfeitas tanto em termos de construção náutica como em sua estética e beleza única.

No início, o espaço para o gondoleiro era mínimo e instável. Os passageiros acomodavam-se em dois bancos simples de madeira, algumas já apresentavam o felze, uma espécie de toldo que tanto protegia os ocupantes do mau tempo como também lhes dava uma relativa privacidade. A cor negra das gôndolas é obrigatória e no início da sua história, dava-se pelo uso de alcatrão no processo de impermeabilização do casco.

Um detalhe curioso das gôndolas é que seu casco é assimétrico, sendo um dos lados bem mais longo que o outro. Essa foi a solução encontrada para que o condutor pudesse remar apenas de um lado sem que a embarcação rodasse em círculos! Repare como a gôndola parece um tanto quanto torcida.

Independente dos seus segredos, uma coisa é certa: um passeio de gôndola pelo Canal Grande e pelos pequenos canais de Veneza é inesquecivelmente romântico. Prepare-se para conhecer ou rever Veneza viajando conosco.

 

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