A Piazza Navona é um dos locais mais visitados em Roma, com sua evidente arquitetura barroca, visível através dos edifícios em seu entorno, como a Chiesa di Sant´Agnese in Agone e o Palazzo Panphili, como pelas suas três belas fontes, a “Fontana dei Quattro Fiume“, a “Fontana del Moro” e a “Fontana del Neptuno“.

Fontana dei Quattro Fiume

Fontana del Moro

Fontana del Neptuno

Entretanto, é bem provável que muitos de seus visitantes desconheçam a história bem mais antiga que envolve a origem desta praça. Tudo começou no século I, quando o Imperador Romano Tito Flavio Domiziano determinou a construção de um estádio para a realização de jogos, corridas e lutas de gladiadores. Ao redor de todo o Stadio di Domiziano existiam arquibancadas de pedra e que podiam acomodar até 20 mil expectadores.

Desenho em perspectiva do antigo Stadio di Domiziano

O espaço permaneceu como um campo de competições mesmo após vários séculos do Império e só por volta de 1500 passou a ser utilizado principalmente como praça e mercado. Apesar da mudança do modo de utilização, a praça manteve o formato original de estádio e os prédios construídos em seu entorno usaram as arquibancadas como alicerces.

Piazza Navona atualmente, quando utilizada para atividades festivas

Na extremidade norte da praça, por debaixo dos edifícios, é possível ver mostras de ruínas antiquíssimas do que foi o Stadio di Domiziano, comprovando a primeira utilização daquele espaço.  Por algum tempo, houve abandono e degradação do sítio arqueológico, mas graças à uma parceria público-privada, hoje está novamente aberto para visitação e também para mostras de arte, e eventos de promoção social e cultural.

Ruínas do Stadio di Domiziano

Voltando à superfície, uma última curiosidade sobre a Fontana dei Quattro Fiume. Ela é a peça central na Piazza Navona e é uma obra de Bernini. Em frente à fonte está a Igreja de Santa Agnese, obra de Borromini. Existe uma lenda entre os romanos de uma “troca de farpas” entre os dois famosos arquitetos: a estátua da fonte de Bernini que retrata o rio da Prata, tem as mãos erguidas e expressão de horror, como se duvidasse da solidez da igreja de Borromini ou ainda, por achá-la de mau gosto.

Estátua Rio da Prata, de Bernini

Já a estátua que retrata o rio Nilo traz a cabeça coberta por um véu, como que se recusando a ver a obra do rival.

Estátua Rio Nilo, de Bernini

Neste post retratamos apenas alguns detalhes da Piazza Navona.  Para mergulhar em tantas outras histórias e encantos da cidade eterna, viaje conosco.

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